Anjinho dos Teclados. Houve um tempo em que a música brega precisava se popularizar (todavia mais), baratear o processo, diminuir a parafernalha e oferecer entretenimento a uma camada ainda desassistida de espetáculos desse naipe em clubes de interior, balneários, pracinhas públicas, inferninhos e risca facas em geral. Surge aí uma nova era de seresteiros (que nada tinham a ver com os do tempo áureo do rádio) que munidos de seus teclados faziam literalmente a festa acontecer, compilando todo e qualquer estilo musical de sucesso na época, mas, principalmente as músicas mais saudosas facilmente adaptáveis aos ritmos de seus Casio ou Yamahas. Fazendo o povo dançar colado ou se acabar de tomar mé. Posteriormente começando a se locupletar do mercado paralelo das fita k7 que estava aquecido (as camadas mais humildes da sociedade brazuka, só popularizaram o formato cd anos depois, muito pela necessidade de troca de tecnologia, no caso a aquisição de cd players, e pelo preço salgado das mídias originais), mais tarde ainda também surfaram na onda dos cds piratas, e alguns felizardos conseguiram até contratos com gravadora e ter relativo sucesso e reconhecimento. Caras como Anjinho, Maguila, Zezo e Lairton foram seresteiros que furaram a bolha. Caras como Frank Aguiar (e todos os outros que usavas "dos" ou "seus teclados") é outro exemplo já pro lado do forró.
Faixas: Destino / Brincando Com Meus Sentimentos / Velhote Assanhado / De Coração Pra Coração / Tributo a Teixeirinha / Por Um Pedaço de Pão / Quando a Saudade Chegar / Fale Quem Quiser falar / Vim Aqui Só Pra Te Ver / Xoxota Xoxoteador / Só Vou Se For Mais Ela / Orgulho Bobo / Meu Cenário (...)